quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Câncer Moral



O mau-humor sistemático - vício de comportamento emocional - gera a irritabilidade que desencadeia inúmeros males no indivíduo, em particular, e no grupo social onde o mesmo se movimenta, em geral.
Desconcertando a razão, açula as tendências negativas que devem ser combatidas, fomentando a maledicência e a indisposição de ânimo.

Todos aqueles que o alimentam, transferem-se de um para outro estado de desajuste orgânico e psicológico, dando margem à instalação de doenças psicossomáticas de tratamento complexo como resultados demorados ou nenhuns.
Todas as criaturas têm o dever de trabalhar pelo próprio progresso intelecto-moral, esforçando-se por vencer as más inclinações.

O azedume resulta, também, da inveja mal disfarçada quanto do ciúme incontido.
Atiça as labaredas destruidoras da desavença, enquanto se compraz na observância da ruína e do desconforto do próximo.

Muitas formas de canceres têm sua gênese no comportamento moral insano, nas atitudes mentais agressivas, nas postulações emocionais enfermiças.

O mau-humor é fator cancerígeno que ora ataca uma larga faixa da sociedade estúrdia.
Exteriorização do egoísmo doentio, aplica-se à inglória tarefa de perseguir os que discordam da sua atitude infeliz, espalhando a inquietação com que se arma de forças para prosseguir na insânia que agasalha.

Reveste-te de equilíbrio ante os mal-humorados e violentos, maledicentes e agressivos.
Eles se encontram enfermos, sim, em marcha para a loucura que os vence sob o beneplácito da vontade acomodada.
Oscilantes nos estados dalma, mudam de um para outro episódio de revolta com facilidade, sem qualquer motivo justificável, como se motivo houvesse que justifique a vigência desse verdugo do homem.

Vigia as nascentes dos teus sentimentos e luta com destemor, nas paisagens íntimas, contra o mau-humor.
Policia o verbo rude e ácido, mantendo a dignidade interior e poupando-te ao pugilato das ofensas, decorrente do azedume frequente.
Não olvides da gratidão, nas tuas crises de indisposição...
O amanhã é incerto.

Aquele a quem hoje magoas será a porta onde buscarás apoio amanhã.
Conquista o título de pacífico ou faze-te pacificador.
Todo agressor torna-se antipático e asfixia-se na psicosfera morbífica que produz.

O Evangelho é lição de otimismo sem limite e o Espiritismo que o atualiza para o homem contemporâneo convida à transformação moral contínua, sem termo, em prol da edificação interior do adepto que se lhe candidata ao ministério.

💐🌱💐
Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco.
Do livro: Receita de Paz
💐🌱💐

26 de outubro

Não existe uma maneira que seja a certa e todas as outras erradas.

Alpinistas têm que escolher entre galgar direto para o pico pela trilha mais reta ou procurar uma trilha mais fácil para seguir.

A decisão é deles.

Você é quem tem que decidir qual é o melhor caminho espiritual para você mesmo e então seguí-lo com convicção.

Existem almas que estão procurando e ainda não encontraram seu próprio caminho na vida.

Elas tentam um caminho espiritual após o outro, seguem só até um certo ponto descobrem que não é o indicado e então começam outro.

Elas continuarão fazendo isso até encontrar o caminho certo.

E o encontrarão se procurarem com afinco e não desistirem da procura.

Se você já encontrou o seu caminho, siga sempre em frente e não perca tempo olhando para trás ou criticando aqueles que ainda não encontraram o caminho deles.

💐🌱💐
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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💐🌱💐

MENSAGEM DO ESE:

Beneficência exclusiva

É acertada a beneficência, quando praticada exclusivamente entre pessoas da mesma opinião, da mesma crença, ou do mesmo partido?

Não, porquanto precisamente o espírito de seita e de partido é que precisa ser abolido, visto que são irmãos todos os homens. O verdadeiro cristão vê somente irmãos em seus semelhantes e não procura saber, antes de socorrer o necessitado, qual a sua crença, ou a sua
opinião, seja sobre o que for. Obedeceria o cristão, porventura, ao preceito de Jesus-Cristo, segundo o qual devemos amar os nossos inimigos, se repelisse o desgraçado, por professar uma crença diferente da sua? Socorra-o, portanto, sem lhe pedir contas à consciência, pois, se for um inimigo da religião, esse será o meio de conseguir que ele a ame; repelindo-o, faria que a odiasse.

💐🌱💐
— S. Luís. (Paris, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, item 20.)
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Efetivamente


Vigiar não é desconfiar. É acender a própria luz, ajudando os que se encontram nas sombras.

Defender não é gritar. É prestar mais intenso serviço às causas e às pessoas.

Ajudar não é impor. É amparar, substancialmente, sem pruridos de personalismo, para que o beneficiado cresça, se ilumine e seja feliz por si mesma.

Ensinar não é ferir. É orientar o próximo, amorosamente, para o reino da compreensão e da paz.

Renovar não é destruir. É respeitar os fundamentos, restaurando as obras para o bem geral.

Esclarecer não é discutir. É auxiliar, através do espírito de serviço e da boa-vontade, o entendimento daquele que ignora.

Amar não é desejar. É compreender sempre, dar de si mesmo, renunciar aos próprios caprichos e sacrificar-se para que a luz divina do verdadeiro amor resplandeça.

💐🌱💐
Autor: André Luiz
Psicografia de Francisco Cândido Xavier
Obra: Agenda cristã
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Oração da Cura


Pai celestial, que habitais o meu interior, impregna com a Tua Luz vital cada célula de meu corpo, expulsando todos os males, pois estes não fazem parte de meu ser.

Na minha verdadeira realidade, como filho de Deus perfeito que sou, não existe doença; por isso que se afaste de mim todo o mal, todos os bacilos, micróbios, vírus, bactérias e vermes nocivos, para que a perfeição se expresse no meu corpo, que é templo de Divindade.

Pai teu Divino filho Jesus disse: pedi e recebereis, porque todo aquele que pede recebe, portanto, tenho absoluta certeza de que a minha oração da cura já é a própria cura.

Para mim agora, só existe esta verdade: a cura total.

Mesmo que a imagem do mal permaneça por algum tempo no meu corpo, só existe em mim agora a imagem mental da cura e a verdade da minha saúde perfeita.

Todas as energias curadoras existentes em mim estão atuando intensamente, como um exército poderoso e irresistível, visando os inimigos, fortalecendo as posições enfraquecidas, reconstruindo as partes demolidas, regenerando todo o meu corpo.

Sei que é o poder de Deus agindo em mim e realizando o milagre maravilhoso da cura perfeita.

Esta é a minha verdade mental. Esta portanto é a verdade do meu corpo.

Agradeço-te, oh Pai, porque Tu ouvistes a minha oração.

Dou-te graças, com toda alegria e com todas as forças interiores porque Tua vontade de perfeição e saúde aconteceram em mim, em resposta ao meu pedido.
Assim é e assim será.

💐🌱💐
Dr. Manoel Dantas
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Jovem suicida


Querida mamãe, estou pedindo o seu perdão e a sua bênção.

Mais de um ano passou, mas a minha saudade e o meu sofrimento ainda não passaram.

Não chore mais, mãezinha. Sei que a minha ingratidão foi grande demais. Compreendi tudo, mas era tarde.

Creia que amanheci naquela terça-feira, quatro de maio, pensando em descobrir como iria encontrar um presente para o seu carinho no Dia das Mães.

Pensava nas aulas, em minha professora Juvercídia e procurava concentrar-me nos livros para estudar; entretanto, quando vi o veneno, uma força estranha me tomou o pensamento.

Avancei para o suicídio quase sem conhecimento, embora muitas vezes não ocultasse o desejo de morrer. Tudo sem motivo, sem base.

A senhora me deu tudo — amor, segurança, tranquilidade, proteção. Não julgue que me faltasse isso ou aquilo.

O que eu sentia era uma tristeza que só aqui, no Plano Espiritual, vim a entender… O assunto é tão longo e o tempo é tão curto.

Se pudesse, desejava formar as minhas letras com lágrimas para que a senhora me perdoasse pelo arrependimento que trago.

Não sei, mamãe, não sei ainda. A princípio, me vi numa nuvem com a garganta em fogo e uma dor que não parecia ter fim.

Talvez exagerasse as cousas que eu sentia, talvez guardasse impressões da vida que eu não devia guardar.

O que é mais doloroso é que provoquei a morte do corpo, sem razão.

Sofrimentos no mundo são problemas de todos. E por isso quando me vi na sombra que me envolvia toda, vozes me perguntavam porque, porque fizera aquilo se eu estava consciente de que a morte não mata ninguém…

Chorei muito, mais do que choro hoje, até que me vi no regaço de uma senhora que me disse ser a vovó Ana. Ela me ensinou a orar de novo, porque a dor não me deixava trabalhar com a memória. Amparou-me e como que me limpou os olhos para que eu enxergasse a luz do dia. Então reconheci que as trevas estavam em mim e não fora de mim.

Fui internada numa escola-hospital, onde muitas crianças estão sob a vigilância daquele amigo que nos deu nome à casa de ensino Jerônimo Carlos Prado, — e com a bênção dos muitos amigos que encontrei aqui, vou melhorando.

Faltava-me vir até o seu coração e rogar a sua tolerância de mãe. Venho pedir-lhe para que não deseje morrer. Viva, mamãe, e viva tranquila.

As lutas da vida são lições. Creio saber que a senhora já sofreu muito. Sofra agora com a sua filha a pena de não ter sabido esperar.

Para mim, a sua paz será a minha paz. Nós duas éramos as companheiras uma da outra.

Sei que Teodoro, Divino, Adelícia e os outros corações queridos são todos seus filhos abençoados, mas eu, mamãe, não sei porque, fiquei aflita para que o tempo passasse e caí pela rebeldia.

Não soube guardar a fé, mas a sua bondade fará o que não fiz. Terá a senhora paciência bastante para tudo tolerar e compreender.

Agradeço as suas preces e as orações das amiguinhas que não me esqueceram. Agradeça por mim a Santa Terezinha e a todas as irmãs o amparo que me enviaram e ainda me enviam.

Por enquanto, trago comigo a faculdade de ouvir todas as repreensões e queixas, perguntas e comentários em torno de mim.

E, particularmente, ouço a senhora constantemente a falar que perdeu o gosto de continuar a viver. Ajude-me. Não pense assim. Dê-me os seus pensamentos de paz e de alegria.

Preciso de você, mamãe, como a senhora não pode imaginar.

Aqui é um lugar que pode ser distante, mas há um processo de intercâmbio, pelo qual ainda estamos juntas. Ampare-me, amparando a senhora mesma.

Os Benfeitores daqui me aliviam e me abençoam, mas estou nas dificuldades que criei. Deus, porém, nos sustentará para que, um dia, eu possa ser útil ao seu carinho.

Mamãe, receba o meu coração de filha faltosa e abençoe-me. Sua paciência e seu amor são bênçãos que chegam até aqui.

Ore por sua filha e compadeça-se. Amanhã, serei melhor. Até lá, preciso de você e de seu amparo, como o faminto sente necessidade de pão.

Não posso escrever mais. Os amigos que me socorrem e guiam me dizem que é preciso terminar.

Mãezinha, ame-me ainda. Sou mais necessitada agora do que antes. E guarde o coração de sua filha faltosa e reconhecida,

Lúcia.

(Uberaba, 12 de junho de 1972)

Lúcia Ferreira, batizada com o nome de Leida Lúcia, segundo sua genitora, D. Adelaide Gervásio dos Reis, presente à reunião da noite de 12-6-1972, nasceu em Monte Alegre de Minas, a 23 de maio de 1955 e desencarnou no dia 4 de maio de 1971, em Vicentinópolis, ex-Paletó, Estado de Goiás, pequena vila, município de Pontalina.

Conta-nos D. Adelaide que criou os filhos Teodoro, Elviro (doente mental, desencarnado em Uberaba, em 1955, após internamento em hospital psiquiátrico), Maria, Adelícia, Emília, Eurípedes e Lúcia “agarrada ao cabo de uma enxada”; que Lúcia sofria alucinações visuais e auditivas e, com nove anos de idade, “foi incorporada pelo espírito do irmão Elviro (sic)”, sendo sempre nervosa, mas muito estimada; que cursava o terceiro ano primário e havia sido convidada para ser novenária no dia 8 das festas que se realizaram de 30 de abril a 9 de maio de 1971, em Vicentinópolis, festas de São Sebastião e São Vicente; que ia comprar o vestido para as festividades, mas resolveu comprar o tóxico que a levou do corpo, um inseticida de largo uso nos meios agropecuários, nada deixando escrito.

D. Adelaide, dentro de sua humildade, não havia revelado o fato a ninguém e, durante todo o tempo da sessão habitual da Comunhão Espírita Cristã, limitou-se a ouvir e a ouvir e, num mutismo completo, que só rompeu em pranto, quando ouviu as palavras iniciais da mensagem: “Querida mamãe, estou aqui pedindo o seu perdão e a sua bênção”, palavras que só poderiam ser de sua filha, já que em pensamento pedira a Deus que lhe trouxesse a prova de que Deus existe e a sua filha também, mesmo depois de ingerir dose mortal de veneno.

Com lágrimas nos olhos, servindo-se de sua linguagem característica, D. Adelaide não se cansava de repetir:

— “Que Deus abençoe a mediunidade de Chico Xavier! Que Deus abençoe Allan Kardec e Chico Xavier!”

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Elias Barbosa
Chico Xavier
Obra: Entre duas vidas
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